O sr. Coelho, no seu afã de desviar o foco da brutalidade de impostos que acaba de lançar em 2013, entrou literalmente em delírio verbal !
É de colocar a hipótese, perante medidas tão absurdas - que seguramente o TC rejeitará - se elas não são uma manobra de diversão: toda a gente focada nas medidas aberrantes contra os reformados, ajuda a desviar as atenções da brutal carga fiscal lançada sobre a generalidade da classe média (ver novos escalões de IRS na local sobre a constitucionalidade do OGE).
Apesar da incompetência de Coelho e acólitos, no manobrismo político eles são lestos, afinal, é o que lhes resta face à rejeição crescente que o seu (des)governo tem junto da população. Mas desmontemos esta mentira grosseira do homem ao serviço da troika:
- Estudos de especialistas demonstram que os Fundos de Pensões sofreram delapidações dos sucessivos Governos pós-25 de Abril. Os valores desviados foram projetados, num Livro Branco (Boaventura S. Santos e outros), em 55 mil milhões de euros, mas aumentaram muito não só pela correção monetária, como pelos desvios feitos posteriormente. NOTA: Só isto, dava para pagar todo o resgate da "troika", e ainda sobrava muito!
- A maior parte dos Fundos de Pensões integrados no Estado, desrespeitando, aliás, a sua lei de enquadramento, foi aplicada em Obrigações do Tesouro pouco rentáveis, hoje desvalorizadas; e ainda recentemente, já com este Governo, os fundos de pensões da Banca, milhares de milhões de €, completaram a sua integração no Estado, imaginando-se que vão levar por tabela, todos na mesma enxurrada, a prazo;
- Uma das provas mais fortes de que o que Coelho diz é mentira é que, antes da atual avalanche de espoliação, já vários governos do bloco central haviam tomado medidas (sucessivas reduções nas pensões, aumento da idade de reforma, etc.) que justificaram declarando então, preto no branco, que elas assegurariam o pleno equilíbrio da Previdência Social por 30 anos, pelo menos.
As mentiras do Passos só convencem velhinhos em estado letárgico que mal sobrevivem com pensões de 300 euros. Pelos vistos, serão as únicas a não sofrer cortes no futuro - e por este andar, vamos ver...
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