04/07/2016

O CRESCIMENTO ECONÓMICO TEM MUITO POUCO A VER COM CORRUPÇÃO

O problema principal de Portugal (ou do Brasil, da Itália, do mundo) não é a corrupção - ao contrário do que o FMI, o Banco Mundial, o trimilionário Soros e alguns supostos ativistas propalam.

Claro que toda a gente concorda em condenar a corrupção - como não o fazer? 

Mas a este sistema, que faz dos seres humanos robôs formatados por uma cultura da degradação, convém desviar o foco dos problemas principais e pô-lo antes em questões como a corrupção, marginais no funcionamento do sistema, por mais importantes que pareçam.

Se não, veja-se a relação de dados seguinte, em que na COLUNA DA ESQUERDA se mostra o ranking mundial da corrupção (em que a Dinamarca é o país menos corrupto) e na COLUNA DA DIREITA, a variação dos respectivos PIBs:

Fonte: T.I., Banco Mundial e Google Feedback
     Observa-se que os países menos corruptos (na 1ª parte do quadro)
     registavam frequentemente crescimento negativo na altura,
     sobretudo por efeito da crise de 2008. 
     O contrário sucede com os mais corruptos.




Fonte: Worldatlas, 7/2016
CONCLUSÃO

Compulsando nos links (ver no final) os países cujo PIB mais cresceu em anos recentes, verifica-se que os primeiros 20 desse ranking, com taxas muito elevadas de crescimento, têm todos (exceto o Butão)  graus de corrupção muito superiores aos de Portugal, por exemplo.

Apesar dos mercenários ao serviço do sistema insistirem em que Portugal é muito corrupto - tática que aliás utilizam do mesmo modo noutros países, sejam eles o Brasil, a Espanha, a Itália, etc. - só por má-fé ou ignorância alguém pode continuar a conectar a evolução do PIB (e da economia) à questão da corrupção.

Mas isso, esse desvio do foco, é o que interessa ao sistema, para que continue a saquear os países.

A verdade é que o sistema imperial pode subtrair num só dia a  cada país, através das trocas desiguais, dos juros usurários e de dumpings diversos, valores muitos superiores aos que a corrupção dentro de cada país consegue desviar dumas contas para outras (porque é disso que se trata essencialmente) num ano inteiro.

Conferir:
Ranking da percepção da corrupção a nível mundial (2014)

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